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Polo Abaetetuba

O distrito de Beja foi o berço da colonização de Abaetetuba. Por volta de 1635, padres capuchinhos vindos do Convento do Una, em Belém, após percorrerem os rios da região, juntaram-se a uma aldeia de tribos indígenas nômades. O aglomerado foi chamado de "Samaúma" e, depois, batizado de "Beja" pelo governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado.

Embora Francisco de Azevedo Monteiro seja considerado, no imaginário popular, o fundador, pois chegou para tomar posse desse território como proprietário de uma sesmaria. Na beira do rio Maratauíra, num local protegido das marés pela ilha de Sirituba e nas proximidades do sítio Campompema e da Ilha da Pacoca, fundou um pequeno povoado, em 1724.

O município de Abaetetuba foi desmembrado do território da capital do Estado, Belém, em 1880, de acordo com a Lei 973, de 23 de março, que também constituiu o município como autônomo. Um ano depois, em 1881, o presidente interino da Câmara em Belém, José Cardoso da Cunha Coimbra, instalou, no município, a Câmara Municipal de Abaeté. Por meio do Decreto-Lei 4 505, de 30 de dezembro de 1943, foi instituído o nome "Abaetetuba".

AGRO E PECUÁRIA

O Polo Tocantins abrange um total de 11 municípios sendo: Abaetetuba, Acará, Baião, Barcarena, Cametá, Igarapé-Miri, Limoeiro do Ajuru, Mocajuba, Moju, Oeiras do Pará e Tailândia (Figura 1), cobrindo uma área de 34,6 mil km2 reprensentando 2,8% do território paraense ( IPEA, 2011).

Polo Abaetetuba

Segundo o censo do IBGE (2020), esses municípios juntos possuem uma população de 878.448 mil pessoas, ou seja, compõe mais de 10% da população do Pará. O município mais populoso é Abaetetuba, com 159,1 mil habitantes, seguido por Cametá, com 139,3 mil e o menos populoso é Mocajuba com 31.5 mil habitantes.

CADEIAS PRODUTIVAS COM MAIOR CONSOLIDAÇÃO DA REGIÃO

A principal cadeia produtiva do polo Tocantins é sem duvida o açaí, pois os municípios estão cercados por rios, além de o clima na região ser o cenário ideal para o desenvolvimento de açaízais nativos, fato que possibilita ter uma grande produção na safra que abastece o mercado local e o excedente é exportado para agroindustrias da capital e de outros municípios vizinhos.

A principal cadeia produtiva do polo Tocantins é sem duvida o açaí, pois os municípios estão cercados por rios, além de o clima na região ser o cenário ideal para o desenvolvimento de açaízais nativos, fato que possibilita ter uma grande produção na safra que abastece o mercado local e o excedente é exportado para agroindustrias da capital e de outros municípios vizinhos.

Fluxograma 1

Outra produção com grande destaque é a cultura da mandioca. Os próprios agricultores fazem o beneficiamento desta cultura em suas “casas de farinhas”, produzindo farinha, goma de tapioca, farinha de tapioca etc. (Fluxograma 2).

Fluxograma 2

No polo Tocantins há uma grande produção de pimenta do reino, mas devido a falta organização dos agricultores através de associações ou cooperativas para buscarem novos mercados, os mesmos ficam dependentes de atravessadores que impõem seus preços muito a baixo do mercado (Fluxograma 3).

Fluxograma 3

A piscicultura possui um fluxo curto e longo de comercialização que agrega valor em todo o percuso até chegar ao consumidor final (Fluxograma 4). A cadeia do peixe diminui no periodo do seguro defeso que para a maioria das espécies fica nos meses de janeiro e fevereiro, onde são proibidas a captura de varias espécies.

Fluxograma 4

RELAÇÃO DAS CADEIAS PRODUTIVAS COM POTENCIAL POR MUNICIPIO.

Com base no mapeamento realizado até o momento pelo CDR, foi realizada a análise SWOT das cadeias com maior potencial para alguns produtos, as análises foram agrupadas por categorias. A seguir as principais cadeias identificadas nos 4 municipios do Polo Tocantins.

Após a análise SWOT das cadeias, observou-se que elas apresentaram pontução entre 35% a 40% para o aspecto da infraestrutura e localização, 35% a 40% capital humano, 35% e 37% tecnologia, 45% e 47% logistica, 33% e 35% economia, 28% a 33% gestão ambiental, 23% e 24% programas de apoio. Esses valores baixos justifica-se pelo fato de vários problemas identificados em todas as cadeias como: baixa capacidade de armazenagem e de transporte, falta capital de giro, falta de investimentos para melhorar a produção e aquisição de equipamentos, falta de treinamento e apoio técnico. O que acarreta em baixo aproveitamento das oportunidades que essas culturas podem proporcionar aos agricultores.

RESUMO DA PESQUISA MACRO COM PROFUNDIDADE EM PARCERIA.

Nas cidadades de Abaetetuba e Oeiras do Pará foram identificados e entrevistados os representantes das instituições (privadas e organização da sociedade civil) que direta ou indiretamente estão relacionadas com a agropecuária e agricultura familiar. As questões foram abertas e seguiram um roteiro preestabelecido pela equipe, visando, sobretudo abordar os seguintes temas: Conceito do CDR, áreas de atuação, grupos atendidos, etc.

As entrevistas realizadas junto às instituições tiveram duração de cerca de 1 a duas horas e contribuíram com a equipe para desenhar as atividades de campo. Todas as entrevistas foram realizadas nas sedes das organizações.

Quadro

As informações reunidas neste relatório conduzido principalmente nos municípios de Abaetetuba e Oeiras do Pará no mês de novembro de 2022, servirão de base para entender melhor as complexidades e a dinâmica das cadeias produtivas. Este estudo deverá nos dá suporte nas próximas etapas a serem executadas, assim como nas ações que devem ser melhoradas ou modificadas, já que temos a pretensão de avançar para outras localidades do polo.

Acesso Administrativo
Polo Abaetetuba