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Polo Bragança

Os primeiros habitantes da região foram os índios da tribo dos Bocas. Em 19 de novembro de 1738, o capitão geral do Pará, João de Abreu Castelo Branco, concedeu aos irmãos portugueses Manuel Fernandes Breves e Ângelo Fernandes Breves uma sesmaria, localizada às proximidades do rio Parauhaú. Com a instalação de um engenho, o lugar passou a ser chamado de “Engenho dos Breves”, em homenagem aos seus fundadores. Em 25 de outubro de 1851 foi criado o município de Breves. Atualmente, o município de Breves é constituído pela sede e distritos de Antônio Lemos, Curumu e São Miguel dos Macacos.

Baseada no extrativismo, destacando-se açaí, palmito, carvão e madeira (esta última em franca decadência pelas novas políticas ambientais adotadas pelo país). Na agricultura, destaca-se arroz, milho, mandioca, laranja, banana e limão. Na pecuária, destaca-se gado, búfalo e suínos

AGRO E PECUÁRIA

A agropecuária paraense apresenta notoriedade no senário nacional seja pela produção de proteína animal, seja pela produção vegetal a exemplo do cultivo de açaí e mandioca, produzido em larga escala. Nesse cenário a pecuária bovina tem destaque por estar entre os 3 (três) maiores rebanhos do pais, retendo o percentual de 10% do rebanho nacional, apresentando um crescimento a nível nacional de 6,3% no biênio 2019-2020 (FAPESPA, 2021).

Na região de integração do Rio Caeté, as atividades agrícolas geralmente são desenvolvidas a nível familiar, com destaque para a produção de farinha de mandioca e derivados, seguida de outras culturas como o açaí, feijão e caupi. Na pecuária os destaques ficam por conta da bovinocultura de corte, da produção de mel e da aquiculturae da pesca artesanal (SEDAP, 2020).

CADEIA PRODUTIVA

As cadeias produtivas descritas a seguir, são de referencia dos municípios de Bragança, Tracuateua, Augusto Correa, Viseu, São João de Pirabas, Primavera e Peixe boi onde se mostram potenciais para uma verticalização.

O cultivo da mandioca na região Bragantina já tem sua cadeia produtiva alinhada e consolidada, tendo suas fases de: cultivo da raiz, processamento de farinhas e comercialização, estabelecidas na cadeia. O que segundo Sousa et al, (2020) a produção da farinha é uma prática constante entre os agricultores, pois no processo empregado desde o plantio, cultivo e manipulação ainda são artesanais.

Figura 1

A figura (1A) Unidade de processamento do Sr. Benedito Grande, comunidade dos Soares (Bragança); B) Selo de indicação geográfica da farinha de Bragança; C) Exposição da produção de farinha de forma artesanal em feira de evento tradicional em Bragança; D) Agroindústria de produção de farinha do sitio FENIX, na comunidade do Cariambá (Bragança).

A região litorânea presente nos municípios de Bragança, Tracuateua, Augusto Correa e Viseu, traz o ecossistema manguezal altamente propicio para boa produção de mel local. Contudo, Além desses municípios, a atividade de criação de abelhas (com ferrão e sem ferrão) apresenta também sua cadeia produtiva estabelecida, nos municípios de São João de Pirabas, Nova Timboteua, Santarém Novo, porém, não fortalecida nos municípios abrangidos pela pesquisa, em função do fator associativo estar enfraquecido e dessa forma os criadores sempre acabam tendo seu meio principal de comercialização do mel através do intermédio ou atravessadores, que sempre barganham preços menores na compra de grandes volumes.

Quadro

A horticultura está presente nos municípios da pesquisa, por ter forte influência dos programas governamentais PNAE, PAA, que condiciona o acesso dos agricultores familiares aos tais programas com fornecimento mensal, possibilitando a geração de renda, ocupação de mão de obra e contribuindo para que o agricultor permaneça na sua área e não se mude para a cidade em busca de melhores condições de vida.

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De acordo com (GAMA, 2008; SILVA, et al 2010) A piscicultura é uma cadeia produtiva que ocorre o cultivo de peixes em ambiente confinado, o que tem despertado grande interesse por parte de pequenos e médios produtores em todo o país, por se tratar de um empreendimento que tem uma alta taxa de aceitação do seu produto final. No Estado do Pará conferem uma exuberante disponibilidade hídrica para a prática da piscicultura, pois atualmente é desenvolvido a produção de tambaqui e o híbrido tambatinga em viveiros escavados para atendimento do mercado local (BRABO, 2014; BRABO et al., 2016)

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A pesca artesanal, voltada para a extração do pescado no que concerne a comercialização da forma in natura e também beneficiado na forma de salga, o que é realidade de várias cidades da região dos Caetés, assim como, a captura do caranguejo, do camarão e da produção racional da ostra, tem suas peculiaridades em cada uma dessas atividades. Contudo, são atividades que geram renda entre os agricultores, muitas vezes como atividade complementar e outras como até mesmo uma atividade principal na geração de renda da família.

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O Ucides cordatus, conhecida como Caranguejo-uçá é a espécie mais capturada e comercializada dos municípios da costa Amazônica brasileira, o fluxo de produção e comercialização do caranguejo se dá quando acontece a captura pelos pescadores nos manguezais e a sua venda ocorre nos portos das comunidades, sendo parte direcionada ao atravessador, que leva esse crustáceo até as feiras livres da capital e outras cidades, e outra parte é adquirida pelas agroindústrias processadoras de carne de caranguejo de Bragança, que faz o comércio do subproduto (carne e pata) direto aos restaurantes, supermercados na capital e outras cidades do estado.

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O camarão é um produto de grande aceitação no mercado consumidor, com valores de venda consideráveis na geração de renda das famílias que vivem da pesca desse crustáceo. No entanto, as práticas de beneficiamento desse produto alimentício são realizadas de forma inadequada, pois a legislação sanitária (MAPA/ADEPARA), ressaltam que o beneficiamento deve ser realizado em indústria que atenda a esse fim e que tenham registro junto aos órgãos de inspeção para produtos de origem animal.

O cultivo de ostra marina no município de Augusto Correa, também é uma referência na produção sustentável, dentro do ecossistema manguezal, possibilitando que os aquicultores locais possam contribuir para a geração de renda e ocupação de mão de obra local. Essa cadeia de produção atualmente está se fortalecendo cada vez mais e mais agricultores estão aderindo a essa atividade, como uma atividade complementar na renda e até mesmo também como renda principal das famílias envolvidas.

A produção de óleos e manteigas vegetais é uma atividade a muito trabalhada pelas comunidades rurais, tendo sua importância tradicional no uso e costumes locais na região amazônica. A produção é de forma artesanal com a extração a partir de amêndoas de palmáceas e outras espécies arbóreas como Andiroba e Copaíba e dessa forma contribui para a geração de renda dessas comunidades.

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RESUMO DA PESQUISA MACRO COM PROFUNDIDADE EM PARCERIA COM INSTITUIÇÕES ASSOCIATIVA E COOPERATIVA

A coleta de informações preliminares, foi realizadas em 11(dez) dos 15(quinze) municípios da região dos CAETÉS, a partir de informações adquiridas por contato telefônicos, com entidades como a EMATER, SENAR, ADEPARA, SEC DE MUNICIPAL DE PESCA E AQUICULTURA, RESEX Marinha, ASSOCIAÇÕES e COOPERATIVAS.

As atividades produtivas informadas são aquelas que atualmente possuem uma forte tendência de verticalização da sua produção nos seus respectivos municípios, haja vista, que cada cadeia produtiva segue um fluxo produtivo como: cultivo (plantio), beneficiamento/processamento e/ou comercialização. Contudo a sua comercialização geralmente abrange mercados informais como: feira livres, intermediários (atravessador) e institucionais através de programas sociais como Programa Nacional de Alimentação Escolar￾PNAE/MEC, Programa de Aquisição de Alimentos-PAA/CONAB e Programa Estadual de Alimentação-PEA.

A pesquisa de campo abrangeu 7 (sete) dos 15 (quinze) municípios da região de abrangência do polo Bragança. Foi realizado contato presencial com entidades associativas, cooperativas, secretarias municipais. Foram abordados no diagnóstico, produtores e representantes das entidades associativas e cooperativas, no intuito de tentar registrar e compreender da melhor forma possível como está organizado o setor da agricultura familiar na região.

Acesso Administrativo
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