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Publicado em 02/12/2022 13:12h
O Cacau de Tomé-Açu é o único produto paraense com o selo de Indicação Geográfica (IG) reconhecido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Com o reconhecimento, o produto passa a ser protegido pelas leis de propriedade e direitos industriais. O selo impede que o produto típico seja reproduzido em outras regiões do Brasil.
A Indicação Geográfica (IG), segundo o INPI, é usada para identificar a origem de um determinado produto ou serviço. Isso vale para quando o local se torna conhecido, ou quando certa característica ou qualidade desse produto esteja relacionada pela origem geográfica, como é o caso do Cacau de Tomé-Açu. Com o reconhecimento, agricultores do município podem ser beneficiados com o selo que visa reconhecer, proteger e valorizar produtos de procedência determinada.
O Cacau de Tomé-Açu recebeu o selo em janeiro de 2019. A detentora dos registros é a Associação Cultural e Fomento de Tomé Açu (ACTA), responsável por manter um conselho regulador que deve preservar, divulgar, proteger os produtos registrados.
Tomé-Açu é um pedacinho do Japão no meio da Amazônia. Há 90 anos, os primeiros imigrantes chegaram à cidade paraense em um projeto do governo do estado para povoar a região. Ao se fixarem na cidade, a agricultura se tornou a principal fonte de renda da população. A mais conhecida era da pimenta-do-reino.
Além do cacau, Tomé-Açu tinha a possibilidade de solicitar IG de outros produtos, como o açaí, a pimenta-do-reino e cupuaçu. No entanto, o cacau foi escolhido, por estar ligado as raízes japonesas na região.
O modo como é cultivado o produto é o grande diferencial do Cacau de Tomé-Açu. O local adota um modelo de agricultura sustentável, desenvolvido pela comunidade nipo-brasileira, que vive na região. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o sistema simula floresta nativa, para que o cacau cresça de forma sustentável.
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